Sentindo a fragância da frustração
Nostalgicamente aromatizada
O cheiro entre os dedos, não doeu tanto
quanto as antigas lembranças
Salvador Dali, hoje você acabou com meu dia !
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Escrever sobre 2010 não vai ser tão facil...
Não tem como se expressar com palavras o pior dos anos, aquele em que você descobre o verdadeiro sentido de sofrer, de caminhar em seu inferno pessoa sem uma mão amiga. Acredite, eles gostariam de estar do seu lado, mas na verdade eles não sabiam o que realmente se passou com você, a unica pessoa que sabe é você, pois quem conhece a dor, é aquele que a sente, e você a sentiu de todos os modos e angulos possiveis, né? A cada dia que passou foi um novo modo de reepensar o erro, tentar criar espectativas e teorias para o seu proprio fracasso, tentando se enganar com pensamentos e fatos, mesmo vendo a verdade na frente dos seus oculos embaçados, ardendo, como olhar de frente para o sol do meio-dia. Sera que eu aprendi? concerteza, com o psicologico calejado, nada mais te afetara como as antigas lembranças afetou, o velho homem caiu e o novo nasceu, um parto prematuro e forçado, você pode fingir um sorriso sincero agora.
Hoje toca Smiths, e dessa vez não soa tão triste quanto ontem...
Hoje toca Smiths, e dessa vez não soa tão triste quanto ontem...
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
The Writer is Dead!
Queria poder mudar os nomes dos dias da semana, para uma musica do Smiths. Seria tão legal se a Sexta-Feira que a gente tanto ama, se chamasse This Charming Man!
Hoje, só hoje você pode Ask tudo o que você quiser, não, não é Really So Strange, aproveito que eu to meio Asleep, E quando você for embora, não entre em Panic, porque apesar de estar escuro lá fora, There is a light that never goes out !
Passasse os dias...
Passasse os dias, um-a-um, as semanas, e despercebida-mente os minutos, que batem no tic-tac do relógio, nos momentos de incertezas e medo, que sempre se aproxima da gente na calada da noite, quando você deita em sua cama e olha para o teto, a unica coisa que você vê é aquele teto, que com o passar dos dias, um-a-um, das semanas e despercebida-mente também os minutos, vai atraindo poeiras, teias de aranha e sujeira, as vezes estamos cansados de mais pra pegar uma vassoura e limpar o teto, então, sem remorso algum, continuamos, deitado na cama, reclamando da sujeira do teto, e do barulho do tic-tac do relógio...
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Sem medo, puxe do fundo dos pulmões
todo aquele catarro verde,
toda aquela podridão que está
guardada dentro de ti há tempos,
todos os seus medos,
e inseguranças que te infecta
como um vírus dependente
e então,
sem medo,
aproxime seu rosto ao meu,
mire bem,
na direção dos meus óculos,
e num sopro de liberdade,
lance com toda a força
do seu coração,
o catarro verde,
que agora será amarelo,
ou até incolor,
mas nunca mais verde.
E depois disso,
me de um tempo,
uns 2 ou 3 minutos,
para que eu possa
me limpar,
ok ?
todo aquele catarro verde,
toda aquela podridão que está
guardada dentro de ti há tempos,
todos os seus medos,
e inseguranças que te infecta
como um vírus dependente
e então,
sem medo,
aproxime seu rosto ao meu,
mire bem,
na direção dos meus óculos,
e num sopro de liberdade,
lance com toda a força
do seu coração,
o catarro verde,
que agora será amarelo,
ou até incolor,
mas nunca mais verde.
E depois disso,
me de um tempo,
uns 2 ou 3 minutos,
para que eu possa
me limpar,
ok ?
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
" A menina esperou. E o rapaz, lento, sem desfitá-la:
-Eu quero que você...
Ofereceu o rosto.
-Me cuspa na cara.
Balbucia:
- Por que? Por que?
Agarrou-a pelos dois braços.
-Eu quero! Eu estou mandando!
Transida, olha aquele rosto tão proximo e crispado. Antônio Carlos espera, E só a largou quando Glorinha, chorando, cuspiu-lhe na boca.
Continuaram a viagem, Não houve mais nada entre os dois.
Deixou-a na porta, sem uma palavra."
(Nelson Rodrigues, O Casamento)
-Eu quero que você...
Ofereceu o rosto.
-Me cuspa na cara.
Balbucia:
- Por que? Por que?
Agarrou-a pelos dois braços.
-Eu quero! Eu estou mandando!
Transida, olha aquele rosto tão proximo e crispado. Antônio Carlos espera, E só a largou quando Glorinha, chorando, cuspiu-lhe na boca.
Continuaram a viagem, Não houve mais nada entre os dois.
Deixou-a na porta, sem uma palavra."
(Nelson Rodrigues, O Casamento)
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