sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quando se é subestimado sem ter o direito de auto-defesa é claramente evidente os vestígios de revolta que ficam coagulado em sua caixa craniana que mais parece um cofre, na qual nem você sabe a codificação. Sentado em junção de duas paredes olhando para o teto, aonde os ratos correm e fazem barulho, complica e anula qualquer possibilidade de dormir, olhos mais pesados que bigornas que caem em um personagem qualquer, igual aqueles desenhos animados que você assistia pelas manhãs de sábado. Em um momento de revolta você muda algum pequeno detalhe fútil, mas logo muda de idéia quando o dia clareia, quando o sol bate na janela do seu quarto, entre panelas e um tanque com roupas mijadas.Em um desentendimento rotineiro, em meio a ares raivoso e lágrimas, sem querer percebi que sofro de um sério problema, percebi que o que parecia ser um simples costume nocivo e ilícito estava se agravando com o passar do tempo, e das paranóias que se acumulava dentro de mim, uma grande bola de neve desenfreada e sem destino. Hoje eu percebi que o único motivo que me privava de uma relação satisfatória era eu mesmo, percebi que no final daquele grande túnel escuro cheio de insegurança e frustração que eu venho percorrendo a algum tempo tem um espelho, aonde eu me vejo fazendo as mesmas coisas, cometendo os mesmos erros e ouvindo as mesmas palavras. Cavei a minha própria sepultura, aonde eu sepulto os dias serenos e limpos que eu já vivi, agora eu mendigo atenção e afeto, tento sobreviver em meio a esse caos psicológico que eu criei, aonde eu afeto a mim e a todos que estão sentados em volta dessa mesa redonda que eu chamo de vida.

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